A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.
As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. A religião e a crença de um ser humano não devem constituir barreiras a fraternais e melhores relações humanas. Todos devem ser respeitados e tratados de maneira igual perante a lei, independente da orientação religiosa.
O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada.
É importante salientar que a crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa. Os direitos de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são assegurados pelas liberdades de opinião e expressão. Todavia, isso deve ser feito de forma que não haja desrespeito e ódio ao grupo religioso a que é direcionada a crítica. Como há muita influência religiosa na vida político-social brasileira, as críticas às religiões são comuns. Essas críticas são essenciais ao exercício de debate democrático e devem ser respeitadas em seus devidos termos.Há casos de explícita agressão física e moral a pessoas de diferentes religiões, levando até mesmo a homicídios. Entretanto, muitas vezes o preconceito não é mostrado com nitidez. É comum o agressor não reconhecer seu próprio preconceito e ato discriminatório. Todavia, é de fundamental importância a vítima identificar o problema e denunciá-lo.
O agressor costuma fazer uso de palavras ofensivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, deuses e hábitos da religião em questão. Há também casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, queimando bandeiras, imagens, roupas típicas e etc. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode se tornar uma perseguição que visa o extermínio de um grupo com certas crenças, levando a assassinatos, torturas e enorme repressão.
COMO DENUNCIAR
Ao denunciar um crime de intolerância religiosa a vítima deve exigir que o caso seja tratado com grande responsabilidade e que haja a elaboração de um Boletim de Ocorrência. Em caso de agressão física é de essencial importância que a vítima não limpe ferimentos nem troque de roupas, já que esses fatores constituem provas da agressão. Além disso, a vítima deve exigir a realização de um Exame de Corpo de Delito para a avaliação da agressão. É válido lembrar que se a ofensa ocorrer em templos, terreiros, na casa da vítima e etc, o local deve ser deixado da maneira como foi encontrado para facilitar e legitimar a investigação das autoridades competentes.
A denúncia e busca por justiça em casos de intolerância e perseguição religiosa são mais do que um direito do cidadão: também são um dever. Denunciar o preconceito ajuda futuras vítimas e toda a sociedade. Qualquer tipo de ofensa, tanto moral quanto física, deve ser denunciada. Todos os tipos de Delegacia têm o dever de averiguar casos desse tipo.
Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) sobre religiões afro-brasileiras no Estado do Rio comprova denúncias de intolerância religiosa. Dados preliminares do Mapeamento das Casas de Religiões de Matriz Africana no Rio de Janeiro, que identificou 847 templos, revelam que 451 - mais da metade - foram vítimas de algum tipo de ação que pode ser classificada como intolerância em razão da crença ou culto.
No Estado com a maior proporção de praticantes de religiões afro-brasileira na população (1,61%), segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas com base no Censo 2010, a pesquisa da PUC-Rio identificou templos em 27 dos 92 municípios fluminenses. Embora não represente a totalidade das casas religiosas desse segmento no Estado, de acordo com uma das coordenadoras, a professora Denise Fonseca, o mapeamento é o primeiro a tratar de casos de intolerância religiosa.
Encomendada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a pesquisa começou em 2008. Em fase de análise, indica que varia o tipo de violência contra os templos. Segundo Denise Fonseca, a maioria dos casos relatados pelos entrevistados são "pequenas sabotagens", mas também agressões. "Os relatos vão desde carros sendo multados por uma polícia que nunca entra em determinada comunidade nem de dia nem de noite - a não ser em dia de atividades religiosas - até a situação de pai de santo sendo espancado por praticantes de outras religiões", disse.
Como os dados do mapeamento estão sendo avaliados caso a caso, a professora explica que o perfil dos agressores requer uma "análise cuidadosa". Mas adianta que os relatos apontam para uma confirmação de estatísticas da Polícia Civil, sendo os praticantes de religiões neopentecostais, os principais violentadores do templos de matriz africana. "Não temos provas tangíveis, concretas, mas há um conjunto de evidências que constitui um quadro bastante claro", declarou a coordenadora.
O ataque de neopentecostais contra as religiões afro-brasileira tem parte da explicação no próprio preconceito sofrido pelo grupo, segundo o teólogo da Igreja Presbiteriana de Copacabana, o reverendo André Mello. Ele explica que, para se afirmar, o grupo precisou "fazer barulho". Conquistou veículos de comunicação e amplificou as estratégias para se proteger e para angariar fiéis. "O problema é que o próprio campo religioso não sabe lidar com a diversidade", avaliou.
Como os dados do mapeamento estão sendo avaliados caso a caso, a professora explica que o perfil dos agressores requer uma "análise cuidadosa". Mas adianta que os relatos apontam para uma confirmação de estatísticas da Polícia Civil, sendo os praticantes de religiões neopentecostais, os principais violentadores do templos de matriz africana. "Não temos provas tangíveis, concretas, mas há um conjunto de evidências que constitui um quadro bastante claro", declarou a coordenadora.
O ataque de neopentecostais contra as religiões afro-brasileira tem parte da explicação no próprio preconceito sofrido pelo grupo, segundo o teólogo da Igreja Presbiteriana de Copacabana, o reverendo André Mello. Ele explica que, para se afirmar, o grupo precisou "fazer barulho". Conquistou veículos de comunicação e amplificou as estratégias para se proteger e para angariar fiéis. "O problema é que o próprio campo religioso não sabe lidar com a diversidade", avaliou.
Por outro lado, segundo a PUC-Rio, as maiores vítimas são os candomblés da Baixada Fluminense. Embora os ataques precisem ser melhor estudados, Denise Fonseca avalia que os praticantes acabam mais "visíveis para serem atacados" porque naturalmente exibem sinais de "pertença racial", ou seja, "é o fenótipo dos praticantes, os símbolos sagrados e o alinhamento aos valores do terreiro. Essa externalidade os torna alvos mas visíveis, mas não mais vulneráveis", explicou.
A agressões praticadas por fações criminosas também são denunciadas por sacerdotes, mas ainda não estão evidentes no mapeamento. Segundo o representante do conselho de lideranças religiosas que acompanha a pesquisa da PUC-Rio, pai Pedro Miranda, da União Espiritista de Umbanda do Brasil (Ueub), em alguns episódios, a intolerância reflete "interesses comerciais", já em outros, ocorre em função da influência de seguidores de religiões neopentecostais.
"Na zona norte, em comunidade dominada, traficantes impediam trabalhos em tendas porque o barulho dos atabaques atrapalhava o controle da chegada da polícia", disse pai Pedro, que como representante do templo onde atua, responde processo criminal por excesso de barulho durante suas cerimônias. "Em outra comunidade, na qual um segmento de evangélicos escondia um traficante, em troca, a facção criminosa impedia os templos de realizarem suas atividades", completou.
Há três anos, em um serviço pioneiro no País, responsável por acompanhar casos de intolerância religiosa no Rio, o delegado Henrique Pessoa, da 4º Delegacia de Polícia, corrobora o dado da pesquisa. "Maciçamente, os agressores são neopentecostais", disse. "Eles têm um discurso que acaba na violência", declarou, ao informar que recebe cerca de 40 denúncias por ano.
INTOLERANCIA RELIGIOSA
Desde a colonização, quando os negros foram seqüestrados do território africano e foram trazidos como mão-de-obra escrava para o Brasil, que seus valores, sua cultura, sua religião, enfim, suas heranças africanas lhes foram arrancadas. A orientação oficial da igreja que justificava a escravidão naquela época era o argumento de que os negros não tinham alma e não tinham uma religião; portanto, podiam ser desrespeitados e escravizados (fatos que os livros didáticos no Brasil não mostram). Assim, o negro teve que abrir mão de sua religião, de seus costumes, de seus valores, de sua visão de mundo, de sua visão de sociedade e de Estado para enfrentar uma realidade de perseguição aqui no Brasil.
historicamente perseguidos
A primeira reação dos negros contra a intolerância religiosa foi uma estratégia de resistência conhecida como sincretismo religioso, ou seja, o negro escondeu a prática de seus valores religiosos por meio da prática da religião do seu dominador, só assim podia cultuar seus orixás, os comparando aos santos cultuados pelos portugueses. Assim surgiram o candomblé e a umbanda no Brasil como forma de resistência dos cultos afros, que continuaram sendo e só obtiveram, assim como outras manifestações religiosas no Brasil, seus direitos adquiridos a partir da Constituição de 1988, que possui um capítulo que assegura aos brasileiros o direito e a forma de manifestar livremente a sua religião.Esse atraso no conhecimento levou à falta de com preensão, de informações desses direitos para a maioria das pessoas o que permitiu o crescimento da intolerância religiosa que é uma das questões centrais que a humanidade enfrenta hoje não só no Brasil, mas em quase toda parte do planeta.
Era da Luta pela liberdade
Verdade ou mito? Vivemos séculos de mitos e meias verdades. O racismo e a intolerancia religiosa sempre estiveram presentes na história no nosso povo, porém o racismo Brasileiros é perverso, a medida que se apresenta de forma velada, mas, assustadoramenbte as mascaras estão caindo a medida que "avançamos" em ações afirmativas e politicas públicas, mas no campo da intolerância religiosa estamos estagnados. Os intolerantes e racistas de plantão não abrem mão de seus princípios segregadores ancorados em doutrinas religiosas radicais, discriminadoras e inquisidoras. São Paulo está vivendo isto, o RS, RJ, BA... em fim é o Brasil, quanto mais dispositivos legais existam que nos salvaguardem, novas estratégias, não de discriminação, mas de eliminação direto vão surgindo, por instituições públicas de todas as esferas respaldados por um sistemas judiciario equivocado nada Laico, que tem por objetivo tornar todos iguais perante a Lei. Assino este documento anexo em solidariedade ao Povo de Religião de Matriz Africana de São Paulo e tantos outros que houverem, pois sou um PAI DE SANTO, Babalorisa, ativista, militante na defesa dos direitos dos cidadãos e cidadãs negros e negras deste País, que além de ser discriminado e desrespeitado através das diversas ações de intolerancia espalhadas pelo Brasil, sofreu na carne também ação discriminatória pela Ulbra-TV Programa Bibo Nunes.Pai Marcos de Iyemonja da Cidade de Rio Grande RS, está com seu terreiro lacrado desde de Janeiro por Ordem do TJ-RS, casos e casos se repetem... A luta continua! Quem tem Ori não baixa a cabeça! Baba Diba de Iyemonja Conselheiro da CEDRA-RS - Congregação em defesa das Religiões Afro Brasileiras-RS Coordenador do Nucleo-Rs da Rede Nacional de Religião Afro Brasileira e Saude Diretor da Ong Africanamente Centro de Pesq.,resgate e preserv.Tradições Afrodesc Babalorixa da Comunidade Terreira Ile Axé Iyemonja Omi Olodo Carta de Repúdio
FONTE DE PESQUISA:http://www.jornalkibanazambiaxeecia.com/gpage15.html
COMO PODE!!!!!!
A forma que ialorixá e coordenadora do assentamento Dom Helder Câmara, Bernadete Souza Ferreira , residente em Ilhéus no Sul da Bahia é imperdoável. As agressões contra ela demonstram, que a intolerância religiosa ainda persiste, sendo assim, estamos diante de todas formas de discriminação e de uma espécie de retrocesso do ponto de vista das relações entre religiões misturada com preconceito social, racial e por fim religioso.
Bernadete foi presa acusada de desacato à autoridade, jogada em um formigueiro, algemada, tendo o pescoço pisoteado para que a entidade em que estava manifestada (Oxossi) saísse, chamada pelos policiais como o "diabo". Os policiais invadiram o assentamento em área federal em busca de drogas.
A iolorixá guarda em seu corpo marcas das mordidas das formigas, porém não só as marcas físicas que a ferem já que no momento das agressões estava incorporada por Oxossi que também foi agredido ali e que torna esta disputa entre crença ainda mais perigosa, pois agredindo as estruturas de identidade mexe com os elementos.
E nos aproximando do dia 20 de novembro , dia da Consciência Negra, me levar a refletir: avançamos no decorrer dos séculos e diante de um fato como este parece que estamos regredindo, fomos afrontados neste episódio como afro-descendente, o crime de racismo praticado pelos policiais militares por não respeitarem a religião africana. Não a intolerância religiosa e a nenhuma forma de preconceito!
http://vlj.spaceblog.com.br/3/
Às vésperas do lançamento do "Guia da luta contra intolerância religiosa", uma briga entre um pastor evangélico e um candomblecista foi parar na polícia carioca. Segundo Cosme Luis dos Santos, autor da queixa, ele teve uma oferenda destruída pelo pastor, que o teria cercado com um grupo. Segundo o líder evangélico, no entanto, ele só pediu que o material fosse retirado da porta da igreja.
De acordo com Cosme, pouco depois de realizar a oferenda de agradecimento próximo à sua casa, no bairro de Paciência, na Zona Oeste do Rio, soube por um conhecido que ela havia sido destruída. Inconformado, resolveu pegar sua câmera e registrou fotos do vaso quebrado, quando teria sido abordado por um pastor com um grupo de cerca de 20 fiéis.
“Não queriam me deixar filmar e um dos membros da igreja chegou a tentar me agredir, mas foi contido pelo grupo. Eles se diziam servos de Deus e repetiam que não havia lei no país que me permitisse aquilo, só a lei de Deus. No dia seguinte, resolvi ir até a delegacia”, conta ele, que é praticante do candomblé.
Segundo o pastor Romildo, da Igreja de Cristo Rio de Vida, no entanto, não houve conflito direto no episódio.
“Ele estava fazendo um trabalho na porta da igreja, a menos de 15 metros. Pedi que tirasse aquilo dali e, como ele não quis, esperei ele ir embora para retirar. Fica com cheiro muito forte na hora do culto. Não houve agressão, ninguém tem esse direito. Temos que nos respeitar e eu queria respeito”, ponderou o pastor.
“Cada religião tem sua prática e sua reverência. Agressão não é atitude religiosa, é crime. O Brasil representa todas as diferenças e devemos prezar pela democracia”, disse o babalaô Ivanir dos Santos, sacerdote da tradição iorubá e membro da Comissão de Combate à Intolerância religiosa.
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL962562-5606,00.html
Chamar vizinho de macumbeiro dá condenação por intolerância religiosa
Filho de santo Marcelo Gomes deverá receber R$ 3 mil de indenização.
Réu, mecânico Mauro Monteiro Pinto, poderá recorrer da sentença.
O filho de santo Marcelo da Silva Gomes entrou com uma ação na Justiça contra o seu vizinho, o mecânico Mauro Monteiro Pinto, alegando que foi ofendido sua religião, o candomblé, quando ele estava fazendo uma oferenda em Paty de Alferes, no Sul Fluminense. Segundo a sentença, o mecânico teria chamado o filho de santo de macumbeiro e o xingado com palavras de baixo calão.A Justiça condenou o mecânico Mauro Monteiro Pinto a pagar uma indenização no valor de R$ 3 mil, como conseqüência aos danos e sofrimentos experimentados pelo filho de santo. O advogado de Marcelo, Carlos Nicodemos, argumenta que todos os indivíduos têm o direito à liberdade religiosa, sobretudo no Brasil, por se tratar de um estado laico.
A juíza que concedeu a sentença, Katylene Collyer Pires de Figueiredo, argumentou que a disseminação da intolerância religiosa em uma comunidade, a toda evidência, acarretará insegurança social, havendo de ser rigorosamente rechaçada. O mecânico
Polícia abre inquérito para apurar invasão a templo cigano
Várias imagens que estavam sobre o altar foram destruídas.
Segundo a polícia, caso foi registrado como intolerância religiosa.
Dois dias após a invasão do templo cigano Tsara Antal Kóczé, na Estrada do Gabinal, na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Polícia Civil informou, neste sábado (13), que abriu um inquérito para investigar o caso. Segundo a polícia, ainda não há informações sobre suspeitos.
O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara) como intolerância religiosa, com base na lei 7716/89 (Lei Caó). A pena varia de um a três anos de prisão, sem direito a fiança. Segundo o sacerdote Renato D’Obaluaê, de 48 anos, várias imagens que estavam sobre o altar foram destruídas.
“O centro é vinculado ao umbandismo, mas as reuniões são tranquilas, não há uso de atabaques, não fazemos barulho e nem atrapalhamos os vizinhos. Eu cheguei ao templo com um dos diretores do local e encontramos o salão completamente destruído”, disse o sacerdote.
O templo cigano Tsara Antal Kóczé existe há um mês e nunca tinha sofrido invasão. O responsável pelo estabelecimento, Joelmir Armendro, de 45 anos, disse que cerca de 40 pessoas frequentam o centro. Segundo ele, testemunhas disseram que o local teria sido invadido por dois homens e uma mulher. Os suspeitos entraram pela janela.
“O crime aconteceu pela madrugada, mas os vizinhos contaram que viram uma mulher do lado de fora e dois homens entrando no templo. Eles só foram lá por depredação, eles não roubaram nada. Foi um absurdo, entraram aqui e destruíram nossas imagens e jogaram tudo no chão”, declarou o religioso.
Na quinta-feira (11), os agentes fizeram a perícia no local. Nenhuma testemunha do caso foi ouvida ainda.
Religioso diz que perdoa criminosos
No momento do crime o templo estava vazio. Além das imagens quebradas, os criminosos destruíram cadeiras, vasos, cortinas e janelas. Apesar do crime, Joelmir afirmou que perdoa os responsáveis e que só pensa em reconstruir o centro e receber os adeptos novamente.
“Como religioso, eu perdoo os responsáveis por isso, apesar da brutalidade e da ignorância que foi esse ato. A sorte é que eu posso contar com a solidariedade das pessoas, dos vizinhos e de outros centros que nos ajudam com materiais, imagens e até mesmo na arrumação. Pretendo deixar tudo pronto para o nosso próximo encontro”, afirmou.
Além dos encontros religiosos, o templo ainda oferece cursos gratuitos para a comunidade. Representantes de diversas religiões afrobrasileiras pretendem fazer uma manifestação em frente ao centro em defesa da liberdade religiosa.
Outros casos
Há pouco mais de um ano, um outro centro espírita foi atacado na Rua Bento Lisboa, no Catete, na Zona Sul. Os responsáveis pelo Centro Cruz de Oxalá entraram com ação na Justiça por danos morais e materiais contra os invasores. Segundo a polícia, várias imagens de santos também foram destruídas. Quatro jovens foram detidos em flagrante.
Em dezembro de 2006, um homem foi preso depois de invadir um centro espírita em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e balear uma mulher. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito atirou contra Jane da Silva, de 34 anos, que foi socorrida pelos Bombeiros e levada para um hospital da região.
Pastor e estudante são os primeiros presos por intolerância religiosa no País
Rio - O pastor evangélico Tupirani da Hora Lores, 43 anos, e o estudante Afonso Henriques Alves Lobato, 26, são os primeiros presos no País por intolerância religiosa. Eles são acusados de postar na Internet vídeos e textos que incentivam a violência contra seguidores de outras religiões. Os dois foram denunciados à polícia pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, formada por representantes de diversas religiões, com apoio do Ministério Público, Tribunal de Justiça e Polícia Civil. A dupla foi enquadrada na lei de combate à intolerância religiosa, mais conhecida como Lei Caó.
Como negras e negros oriundos de diversas organizações cristãs, levantamos as nossas vozes e conclamamos as igrejas evangélicas brasileiras que busquem a superação do racismo e da intolerância religiosa. É indispensável que os nossos púlpitos e sermões estejam isentos de qualquer conteúdo racista ou de intolerância. Mais do que isso. É indispensável que reflitam, em sua plenitude, as contribuições dos diversos grupos étnicos para a formação da nação e da cultura brasileira. Ignorar essas contribuições ou não lhes dar o devido reconhecimento é também uma forma de discriminação racial e negação do evangelho de Jesus Cristo. Acreditamos que a Igreja que superará o racismo e a intolerância há de ser uma Igreja que vive, sobretudo, o evangelho de Cristo. Não há preconceito racial e intolerância que resista à luz do evangelho, que promove o respeito às diferenças culturais, que ajuda e fortalece os corações e mentes de todos os brasileiros no ideal da igualdade de oportunidades.
Essas mesmas igrejas hoje, omissas e até mesmo intolerantes, não podem esquecer que as Igrejas Evangélicas já foram perseguidas pelo ímpeto da intolerância.
Quando o Rev. Robert Kalley, em1858, fundou a Igreja Evangélica Fluminense, no Rio de Janeiro, sofreu perseguições: nos locais de reuniões eram atiradas pedras, excrementos; dirigiam-se insultos e ameaças, tudo isso com a autorização e participação da polícia local;
Em 1861, os protestantes não tinham seus casamentos legalizados. Os protestantes também não podiam registrar seus filhos, nem enterrar seus mortos já que só a Igreja Católica tinha essa prerrogativa;
1873 em Recife: Os cultos e reuniões congregacionais foram interrompidos pelas autoridades, ficando interditados por vários meses; a policia impede o Dr. Kalley de realizar cultos e celebrar um casamento, permitindo que insultem os protestantes e os apedrejem;
1877 em Jaú, São Paulo: o Rev. Dagama e um propagandista foram ameaçados e acusados de exercício público de culto;
1877 em Jaú, São Paulo: o Rev. Dagama e um propagandista foram ameaçados e acusados de exercício público de culto;
1880, em Caldas, hoje, Parreiras, Minas Gerais: o Rev. Chamberlain encontrava-se na Cidade ao mesmo tempo em que o bispo de São Paulo. Foi o bastante para que grupos fanáticos tomassem as suas prédicas como um desafio ao bispo e apedrejassem a sua casa.
1883, na Bahia: a multidão amotinada, e a policia com ela, impediram que se realizasse uma cerimônia de batismo na praia, alegando as autoridades tratar-se de exercício público de culto e provocações da desordem;
1883, em São Bernardo, São Paulo: o vigário da aldeia impediu que fosse enterrado no cemitério local o corpo de um menino, filho de presbiteriano;
1928, um incêndio na casa da irmã Maria do Carmo ( Assembléia de Deus ) faz com que o local de culto seja transferido para uma localidade por nome Canoa, em Paulista;
Os evangélicos eram chamados de bodes, nova seita. Bíblias eram confiscadas e queimadas na praça das cidades. Muitos tiveram suas casas incendiadas criminosamente, seus bens extraviados, suas vidas vilipendiadas. Esta perseguição se estende até a década de 40 e começa a diminuir na década de 60 e 70.
É imprescindível voltar a esse passado para que ele seja uma lição para o nosso presente. Hoje, os “evangélicos”, de perseguidos passam a ser perseguidores:
Agressões sofridas por parte de setores neopetencostais, usando veículo de comunicação de massa, demonizando a Umbanda e o Candomblé;
Em 2000, Iyawo é agredida, por evangélicos, em Praça Pública, no Parque Eldorado, em Santa Cruz da Serra, conforme denúncia feita através de rádio comunitária;
Os casos de intolerância se agravam. Por exemplo, o caso de Mãe Gilda que, violentamente atacada por uma igreja neopentecostal, adoeceu e em 2000 veio a falecer depois de ver sua foto publicada em uma matéria vinculando sua imagem ao charlatanismo;
No Rio, junho de 2008, um grupo de quatro jovens de uma igreja evangélica neopentecostal, invadiu e depredou dezenas de imagens de santos católicos e de Orixás em um Centro Espírita;
Diversas Casas de Umbanda e Candomblé nos morros do Alemão, Rocha Miranda, Realengo, entre outras localidades do Rio de Janeiro, encontram-se fechados por determinação do tráfico, de acordo com matéria do Jornal Extra de 17/03/08. Pasmem, por traficantes que se dizem “evangélicos”;
Iyalorixás e fiéis sofrem agressão física em cerimonial fúnebre, dentro de cemitério, por parte de setores neopetencostais;
Servidor Público é agredido verbalmente e publicamente por sua chefia imediata, fiel de religião pentecostal, por assumir sua religiosidade de matriz africana. Processo civil e administrativo, paralisados nos órgãos competentes;
Em São Paulo, um terreiro de Candomblé aberto há mais de 25 anos está lacrado e seus religiosos e adeptos proibidos de exercer a sua liberdade de culto por ordem da prefeitura, após frustrada demanda judicial, sob a alegação de mudança de zoneamento urbano e de que o som dos atabaques incomoda a vizinhança. Em flagrante desprezo ao princípio da igualdade de todos perante a lei, ao mesmo tempo, pelo menos três igrejas que circundam a região estão funcionando normalmente com suas caixas de som distribuídas pelos postes da localidade;
Entre outros diversos casos que temos notícias que vão da demonização à agressões, da depredação à, até mesmo, violência física contra as religiões afro- brasileiras.
A superação da intolerância religiosa e do racismo, ainda presente em nossa sociedade e igrejas, é um imperativo, uma necessidade e Testemunho Cristão de primeira grandeza. Parte das nossas igrejas sabem bem disso porque foram perseguidas e sofreram. Precisamos resgatar esse nosso passado, aprender com ele, superar o racismo e a intolerância do presente, vivendo o evangelho de Cristo.
Livro sobre Exu causa guerra santa em escola municipal
Professora umbandista diz que foi proibida de dar aulas em unidade de Macaé, dirigida por diretora evangélica
POR RICARDO ALBUQUERQUE, RIO DE JANEIRO
Rio - As aulas de Literatura Brasileira sobre o livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, se transformaram em batalha religiosa, travada dentro de uma escola pública. A professora Maria Cristina Marques, 48 anos, conta que foi proibida de dar aulas após usar a obra, recomendada pelo Ministério da Educação (MEC). Ela entrou com notícia-crime no Ministério Público, por se sentir vítima de intolerância religiosa. Maria é umbandista e a diretora da escola, evangélica.
A professora Maria Cristina mostra desenhos feitos por alunos após a leitura: mães evangélicas se rebelaram. Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
A polêmica arde na Escola Municipal Pedro Adami, em Macaé, a 192 km do Rio, onde Maria Cristina dá aulas de Literatura Brasileira e Redação. A Secretaria de Educação de lá abriu sindicância e, como não houve acordo entre as partes, encaminhou o caso à Procuradoria-Geral de Macaé, que tem até sexta-feira para emitir parecer. Em nota, a secretaria informou que “a professora envolvida está em seu ambiente de trabalho, lecionando junto aos alunos de sua instituição”.
A professora confirmou ontem que voltou a lecionar. “Voltei, mas fui proibida até por mães de alunos, que são evangélicas, de dar aula sobre a África. Algumas disseram que estava usando a religião para fazer magia negra e comercializar os órgãos das crianças. Me acusaram de fazer apologia do diabo!”, contou Maria Cristina.
Sacerdotisa de Umbanda, a professora se disse vítima de perseguição: “Há sete anos trabalho na escola e nunca passei por tanta humilhação. Até um provérbio bíblico foi colocado na sala de professores, me acusando de mentirosa”.
Negro, pós-graduado em ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, o diretor-adjunto Sebastião Carlos Menezes aguardará a conclusão da procuradoria para opinar. “Só posso lhe adiantar que a verdade vai prevalecer”, comentou. Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Sebastião contou que a diretora Mery Lice da Silva Oliveira é evangélica da Igreja Batista.
ATÉ CINCO ANOS DE PRISÃO
“Se houver preconceito de religião, acredito que deva ser aplicado todo o rigor da lei”, afirmou o coordenador de Direitos Humanos do Ministério Público (MP), Marcos Kac. O crime de intolerância religiosa prevê reclusão de até 5 anos. Em caso de injúria, a pena varia de 3 meses a 2 anos de prisão. O MP poderá entrar com ação pública penal se comprovar a intolerância religiosa. “Caso contrário envia à delegacia para inquérito”, explicou Kac.
Alunos do 7º ano leram a obra: referências ao folclore
Em 180 páginas, o livro ‘Lendas de Exu’, da Editora Pallas, traz informações sobre uma das principais divindades da cultura afro-brasileira. O autor da obra, Adilson Martins, remete ao folclórico Saci Pererê para explicar as traquinagens e armações de Exu.
Na introdução, Martins diz que ele é “um herói como tantos outros que você conhece”. Em Macaé, 35 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental leram o livro.
Nas religiões afro-brasileiras, Exu é o mensageiro entre o céu e a terra, com liberdade para circular nas duas esferas. Por isso, algumas pessoas acabam o relacionando a Lúcifer.
O presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, garantiu que outros autores de livros, como Jorge Amado e Machado de Assis, sofrem discriminação nas escolas: “As ideias neopentecostais vêm crescendo muito, desrespeitando a lei”.
Ivanir explicou que o avanço da discriminação religiosa provocou o agendamento de um encontro, dia 12 de novembro, com a CNBB: “Objetivo é formar uma mesa histórica sobre os cultos afro e estabelecer uma agenda comum”.
VIVA VOZ
Até mães de alunos me proibiram de falar sobre a África
“Acusam-me de dar aula de religião. Não é verdade. No livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, há histórias interessantes, são ótimas para trabalhar com os alunos. Li os contos, como se fosse uma contadora de histórias, dramatizando cada uma delas. Praticamos Gramática, e os alunos ilustraram as histórias de acordo com a imaginação deles. Não dá para entender por que fui tão humilhada. Até mães de alunos, evangélicas, me proibiram de falar sobre a África”.
MARIA CRISTINA MARQUES, professora, 48 anos
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/10/livro_sobre_exu_ca...
Vândalos destroem imagem de Iemanjá dos molhes
A imagem de Iemanjá localizada nos molhes foi mais uma vítima da ação de vândalos. Eles destruíram a imagem no final do ano. A estátua da orixá foi colocada ali pelos trabalhadores que atuaram na obra de ampliação dos molhes.
Como trabalhavam a quatro quilômetros do mar adentro, todas as manhãs, antes de sair, pediam a proteção da "rainha do mar". A administração municipal, através da Secretaria Especial do Cassino, está tratando com a Urumi para ver como proceder para colocar uma outra imagem no local.
ASSIM ENCONTREI A NOTÍCIA NO JORNAL AGORA DO DIA 9 DE JANEIRO DE 2012, QUE "VÂNDALOS" HAVIAM, DESTRUÍDO A IMAGEM PORÉM NÃO FOI DIVULGADO O FATO DE ENCONTRAREM CRUZES DE SAL GROSSO EM VOLTA.
E MUITAS VEZES VAMOS LEVAR OFERENDAS PARA YEMANJA NA PRAIA DO CASSINO E DAMOS DE CARA COM ENORMES CRUZES DE SAL GROSSO AOS SEUS PÉS.
SERA QUE DE FATO É VANDALISMO OU INTOLERÂNCIA RELIGIOSA?
SERÁ QUE MÃE YEMANJÁ DURANTE A MADRUGADA QUANDO NINGUÉM A VIA, TROUXE PARA OS SEUS DEVOTOS UM POUCO DE SAL DO MAR? HEHEHE
Por Rubens Saraceni
NÓS, OS praticantese OS seguidoresdos cultos afro-Brasileiros, temos Sido criticados de forma Agressiva e intolerante DESDE Que a Umbanda FOI fundada e, se Hoje São OS neopentecostaisque se destacam, ERAM OS Católicos Antes Que nn taxavam de "pagãos", de atrasados, etc .
Tirando OS excessos cometidos POR PESSOAS despreparadas, mal preparadas UO parágrafo conduzirem como nossas "giras", OS médiuns umbandistas VEM Dando O melhor de si parágrafo auxiliarem SEUS semelhantes com como Mais Diversas dificuldades, destacando-se como Entre ELAS Fundo de Espiritual.
NAO FORAM e NAO São poucas como PESSOAS Que abdicaram das COMODIDADES da Vida Profana e assumiram Compromissos Pelo resto de SUAS VIDAS COM SUAS Deus e divindades Só parágrafo poderem desenvolver faculdades mediúnicas SUAS, ordená-las e doutrinarem-se, par poderem ajudar o Next, Problemas com muitos also mediúnicos gravíssimos.
Mas, this Imenso e luminoso Trabalho de Caridade Espiritual NAO Só NAO FOI reconhecido, Como SERVIU parágrafo Que OS Inimigos E Os adversários da Umbanda (Todos seguidores de outras Religiões) Semper procurassem QUALQUÉR Erro UO falha de hum dos nossos parágrafo Negar-NOS QUALQUÉR Crédito Pelo Auxílio Prestado Pela Umbanda Necessitados EAo. E, de Erro Erro los, de falha los falha, de Excesso Excesso los, cometidos POR UMA minoria, mas Nunca Esquecidos OU POR relevados nossos Inimigos e adversários Religiosos, uma Umbanda (e de Todos os cultos afros Brasileiros other) começaram um Ser Associados à Prática fazer mal. Associação ESTA POR PESSOAS Feita inteligentíssimas Que dominam a neurolingüística eA Lavagem cerebral necessitadas DAS PESSOAS fazer Auxílio Espiritual Que A Nossa querida Umbanda PODE dar-lhes SEM nada lhes exigir los Troca.
Os nossos Inimigos e nossos adversários, tão viram falhas e Erros E de forma TEM boca parágrafo criticar e ofender-NOS e parágrafo vilipendiarem um Umbanda e SUAS Práticas espiritualistas. Nunca elogiaram nossos acertos e Nosso Trabalho de Caridade Espiritual. CRIOU-SE hum mentais Estado de intolerância Qué ósmio exaltados adeptos MAIS fazer néo pentecostalismo Acham-se há Direito de perseguirem OS umbandistas ATÉ nn Ambientes de Trabalho Profissional, Fazendo surgir nenhuma Brasil de Todos os Povos OS ranços da intolerância inquisitorial e fazer nazi fascismo.
- PESSOAS São desclassificadas parágrafo EMPREGOS OU São dispensadas Deles ASSIM Que OS empregadores e os "chefes" (JA salvos) ficam sabendo Que São umbandistas.
- criancas São segregadas los Escolas se assumirem Que São umbandistas.
- Imóveis alugados São NAO SE para abrir parágrafo Neles hum Centro de Umbanda.
- Casamentos São desfeitos se hum dos cônjuges figado OU SUA quiser desenvolver mediunidade.
- Namoros com Jovens umbandistas NEM Pensar, Na Cabeça dos "já salvos".
- Morar não MESMO OU quintal Prédio com umbandistas, horror Que!
São tantas como intolerâncias, OU QUE si Oculta UO nega-SE a crença los Olorum e nn Sagrados Orixás parágrafo Poder Viver los Paz e SEM Ser excluído, segregado e ofendido continuamente de modo médiuns porqué São.
Hoje, Vivemos UMA Situação semelhante à do povo Judeu nd Europa pré-nazista, Só nn faltando hum "Hitler" néo pentecostal assumir o Poder parágrafo Que Aqui se COMECE um Construir Campos de Concentração n Que cessos loucos e desvairados nn aprisionem Neles e, tal Como Hitler fez com OS judeus, enviem-Nos parágrafos CAMARAS DE GÁS UO, Tal Como fizeram OS inquisidores, queimem-NOS NAS SUAS "fogueiras santas" QUE, DE NAO TEM NADA santas.
lamentavelmente, ESSE É O Quadro Que soe Chega ATRAVES continuamente de RELATOS DE Irmãos umbandistas.
Mais Que Nunca fazer, E Hora de darmos provas de Nossa Fé e, tal Como Daniel enfrentou OS Leões com SUA Fe E SUA Submissão de Jeová, temos Que enfrentar como "hienas famintas de poder" com Nossa Fé e Submissão de Olorum e AOS Sagrados Orixás.
Nao E Hora de nos omitirmos Ou de recuarmos los Nossa Fé, e sim, E Hora de darmos Nossa Prova de Fé. QUANTO AS "hienas famintas de poder", Nao se preocupem com ELAS, POIs, tal Como OS sanguinários Leões mesopotâmicos, morrerão e Irão Para O Inferno. Tudo E Questão de tempo, Irmãos MEUS!
Fonte: Jornalnacionaldaumbanda.com.br
Publicado em 4 de abril de 2012 por joaobosco
Miguel Servet: a resistência aos dogmas católicos e protestantes
Prof.Dr.HC João Bosco Botelho
Hereges queimados no fogo da madeira verde, século XVI, Alemanha.
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A triste lembrança da execução do médico espanhol Miguel Servet, queimado vivo no fogo lento da madeira verde, em Genebra, no dia 27 de outubro de 1553, retrata o trágico resultado da perseguição aos homens e mulheres que resistiram aos dogmas encobertos pelo véu da intolerância dos católicos e protestantes.
A coragem de Servet amedrontou as duas hierarquias. Por essa razão, acabou queimado em imagem pela igreja católica, em Paris, e na fogueira pelos calvinistas.
Além da sempre atual lembrança dessa morte dramática e cruel, o extraordinário médico espanhol continua sendo lembrado como um ator fascinante, inserido nos dramas sociopolíticos do final do medievo e início do renascimento europeu, na veemente liderança contra os abusos eclesiásticos.
Miguel Servet nasceu em 1509, na aldeia espanhola Villanueva de Sigena, tornando-se um homem de fé e ciência. Como cristão devoto, entendia a Bíblia como o livro divino que transcrevia a palavra de Deus, convicto de que a origem da vida estava descrita no Gênese. Nesse sentido, nas dissecções dos cadáveres, incansavelmente, procurava nos pulmões o sopro que faz viver.
Sem achar o sopro da vida, a busca propiciou a mais importante contribuição na anatomia da pequena circulação entre o coração e os pulmões. Com clareza, o médico espanhol descreveu como o sangue caminhava do coração ao pulmão e vice-versa por meio das veias e artérias pulmonares que saiam e entravam nos átrios cardíacos.
Miguel Servet estudou na Universidade de Toulouse. Esse centro de ensino, em 1530, registrou em torno de dez mil alunos e seiscentos professores. Convivendo com os primeiros ares de maior liberdade, na alvorada renascentista, estudou Direito. Nessa ocasião, desafiando a autoridade papal, ao protestar com veemência contra o Código Justiniano, que legislava a pena de morte a todos que negassem a doutrina da Trindade, plantou o próprio calvário de sofrimento.
A partir da leitura atenta da Bíblia, Servet comprovou a absoluta ausência de qualquer referência à Trindade. Ele escreveu no seu livro Sobre os erros da Trindade (De Trinitatis erroribus), publicado em 1531, que a doutrina da Trindade seria um conjunto de sofismas originados no Concílio de Niceia, realizado no ano 325. A Trindade não estava no livro sagrado!
Homem de profunda fé, Servet admitia analogia bíblica entre o espírito e o sopro. Com discurso teológico pleno de fé, escreveu no seu famoso livro Christianismi Restituio as novas concepções que modificaram para sempre o conhecimento da pequena circulação que leva o sangue do coração ao pulmão e o traz de volta, já oxigenado, para ser distribuído por todo o corpo: "O espírito vital se regenera nos pulmões de uma mistura de ar inspirado e de sangue delicado elaborado no ventrículo direito do coração. Sem dúvida, esta comunicação não se faz através da parede do coração, como se acreditou até hoje, e sim, por meio de um grande orifício, o sangue é impulsionado até os pulmões".
Ao utilizar os próprios estudos anatômicos, apreendidos nas dissecções dos cadáveres, Servet materializou o sopro, como compreensão de espírito, dando vida ao corpo. O médico nunca seria perdoado de ter expressado essa arrogância frente à autoridade eclesiástica, que mantinha a partilha sopro-espírito no exclusivo domínio do sagrado.
O desafio ao dogma aumentou a perseguição. O fim avizinhava-se. As contradições do poder de Roma uniram-se em torno de um objetivo maior: destruir o audacioso médico espanhol. Ao perceber o perigo iminente, fugiu em direção à Suíça, esperançoso da prolatada maior liberdade proposta pelos calvinistas. Triste engano! Ao defender o anabatismo, os calvinistas o encarceraram. No dia 27 de outubro de 1553, Miguel Servet foi queimado vivo no fogo lento da madeira verde, usada para aumentar o sofrimento.
Durante o processo acusatório montado pelos calvinistas, em Genebra, Servet recebeu as graves acusações de dois crimes, ambas passíveis da pena de morte: o antitrinitarismo e o favorecimento do anabatismo. As incriminações foram suficientes para que católicos e protestantes se unissem na destruição do inimigo comum.
Na França, a Igreja confiscou e destruiu a maior parte dos livros do médico espanhol. Os poucos exemplares sobreviventes do Christianismi Restituio, que descreveu as relações anatômicas entre o coração e pulmão, partes essenciais da circulação sanguínea, só foram identificados anos depois de William Harvey ter publicado o livro L'Exercitatto anatomica de motu cordis et sanguinis circulatione (Exercício anatômico sobre o movimento do coração e do sangue nos animais), e recebido das mãos do rei Carlos V os louros e o título de sir.
A brutal perseguição e morte de Miguel Servet, o médico espanhol que resistiu até a morte aos dogmas católicos e protestantes, ainda hoje ampara a reflexão das iniquidades que amparam a intolerância religiosa.
Brasil:Liberdade Religiosa e Fundamentalismo. A intolerância debaixo do tapete.
12
SET
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Terreiro destruído em Salvador
Recebi de nosso correspondente no Rio de Janeiro, Márcio Gualberto um artigo sobre o aumento da intolerância religiosa no Brasil e a perseguição às religiões de matrizes africana.
Nós da Mamaterra e Quilombo Brasil aqui na Alemanha notamos também aqui na Europa a progapagação de idéias de intolerância religiosa nas comunidades de migrantes de língua portuguesa que vivem no continente europeu.
A ponta de lança desta verdadeira lavagem cerebral dos migrantes lusófonos, é capitaneada por uma grande rede de televisão brasileira.
Vivemos na Europa os mesmos perigos que ameaçam liberdade religiosa do Brasil, que tem uma tradição de respeito a todas as religiões reconhecida por todo o mundo,”modus vivendis” respeitado até pelos fundamentalistas mais radicais neste momento político mundial, em que princípios religiosos medievais tem trazido guerra e terrorismo em praticamente todos os continentes do planeta.
O Brasil recebe há séculos refugiados religiosos e políticos de todo o mundo, e há cerca de 40 anos executa uma política de “anistiar” e integrar à superfície da sociedade brasileira, as religiôes de matrizes indígenas e africanas que foram forçadas pelo sincretismo cristão a viverem nas catacumbas do inconsciente nacional.
Parabéns a todos os governos brasileiros que nestes 40 anos reconhecem uma grande parte de seu povo e suas tradições que tanto contribuiram para a construção de nossa identidade nacional.
Nota zero a todos e todas as pessoas e grupos, que buscando o poder econômico do Brasil, utilizam-se da boa fé dos brasileiros, e procuram implantar através do mau uso da religiosidade, idéias totalitárias de intolerãncia contra os grupos religiosos que não comungam da mesma idéia.
Até quando o governo e o povo brasileiro vai esconder o perigo da intolerância religiosa debaixo do tapete?
Marcos Romão
O artigo de Márcio Gualberto:
Os ataques a que as manifestações religiosas de matrizes africanas vêm sendo submetidas atingiram o ápice nesta semana na cidade do Rio de Janeiro com dois episódios absolutamente sintomáticos.
No primeiro, um jogador que traz a Bahia no nome e joga no maior time de futebol do país declarou à imprensa que o time, por atravesar má fase precisava da ajuda de Deus e dos santos “menos da macumba, que se fosse coisa boa, não seria macumba, mas sim, boacumba”.
O segundo ataque veio por parte de um deputado estadual – cujo me nego a citar quem é para não ficar dando nome a quem tem apelido – que, tendo a postura de sempre votar contra qualquer ação voltada para as religiões de matrizes africanas, agora propõe revogá-las todas. Sem dúvida está jogando para a platéia que o elege, o público evangélico do interior do estado, visto que tal deputado sequer é conhecido na capital do Rio de Janeiro.
Se formos buscar outros casos em outros estados os encontraremos aos montes, mas o que vale neste momento é perceber que há setores do pentecostalismo que estão buscando estabelecer uma verdadeira “Guerra Santa” entre eles e nós, os praticantes das religiões de matrizes africanas. Não é o que vemos acontecer com os setores protestantes tradicionais, ou mesmo com grande parte da Igreja Católica. De semelhante modo, vemos se tornar cada vez mais crescente a intolerância religiosa contra os judeus, muçulmanos e quaisquer outras práticas que não estejam “de acordo” com o modelo “evangélico” que se está estabelecendo em nosso país como forma hegemônica de culto. Não é à toa que o Papa Bento XVI chamou a atenção nesta semana para o crescimento destes setores em noso país e para a tímida reação católica.
Neste sentido, venho tornar pública a proposta que já venho delineando há algum tempo, venho conversando com alguns setores políticos que creio ser fundamental que é a realização da I Conferência Nacional sobre Liberdade Religiosa.
Esta proposta se baseia no modelo vitorioso adotado pelo governo federal em promover conferências municipais, estaduais e por fim uma nacional para discutir determinados temas. Há anos ocorrem conferências assim no campo dos direitos humanos, das mulheres, dos grupamentos étnico-raciais, na educação, cultura e por aí vai.
Creio que é chegada a hora de promovermos ações que gerem uma grande pressão sobre o governo que entra, em especial sobre a Seppir, para que esta conferência acorra em 2012 ou 2013, visando trazer para o diálogo “todos”, absolutamente todos os setores religiosos do país. Os discriminados e os que discriminam, os grandes e os pequenos para que se construa um grande pacto de convivência religiosa em nosso país.
Acreditamos que a intolerância religiosa tem como bases: a ignorância e o racismo, portanto, não é de uma hora para a outra que isso mudará. Mas será um bom começo trazer à discussão à baila. Construir formar de convivência e chamarmos para a roda os grandes players do campo religioso brasileiro.
É desafiador, sem dúvida, mas somos ou não somos pessoas de fé? Acreditamos ou não que somos vencedores pelo poder de nossos Orixás? Em sendo assim, vamos à luta.
Creio que seja importante que as mídias religiosas reproduzam este artigo/proposta, que falemos disso nos programas de rádio, que esta proposta ganhe corpo e volume. Pois, sabemos, apenas quem sofre é quem sabe o quanto dói o preconceito por sermos simplesmente o que somos.
Quero sugerir que cada representante religioso, cada casa religiosa, cada instituição elabore seu próprio documento e o torne público aqui, em listas de discussão e envie estes apoio à Seppir nos endereços que seguem:
Ministro Eloi Ferreira: eloi.ferreira@planalto.gov.br
Subsecretário de Populações Tradicionais: Alexandro Reis
site;http://mamapress.wordpress.com/2010/09/12/brasilliberdade-religiosa-e-fundamentalismo-a-intolerancia-debaixo-do-tapete/
DIGA NÃO! A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
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