OXUM
:Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e
Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da
mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protectora das crianças, a
mãe da doçura e da benevolência.
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:
O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços.
Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.
É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.
Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:
O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços.
Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.
É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.
Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Características
dos filhos de Oxum
Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não
chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia.
São obstinadas na procura dos seus objectivos.
Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.
Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.
Qualidades
do Orixá Oxum
Divindade calma veste-se sempre de cores claras, de preferência
amarelas que é a sua cor consagrada; porém, dependendo da qualidade, òsun
guerreira pode vestir-se de cor de rosa, òsun velha de branco e azul claro;
òsun Ijimu, por exemplo, usa uma saia azul claro, òja e adé cor de rosa. Òsun
leva na mão direita seu leque ritual, o abèbé de latão ou qualquer outro metal
dourado, com uma sereia, um peixe ou até mesmo uma pequena pomba no centro.
O número de òsun sendo dezesseis, o colar terá dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou quatro) que podem ser de divindades com as quais ela tem afinidade, ou com as quais sua filha estiver relacionada: Òsòsi, Sàngó, Yémánjá, por exemplo. Òsun dança os ritmos ijesa, com passos miúdos, segurando graciosamente a saia.
O toque Ijèsà é ritmado como o balanço das águas tranqüilas, e muito apreciado pelos fiéis. Quando estão Presentes Òsòsi e Logun Edé acompanham òsun. ògún também dança com òsun os ritmos Ijèsà, assim como òsányín. No terreiro jeje do Bogun, òsun (ÍYÁLODE) dança o bravum como Naná. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias, anéis e pulseiras. No dia do deká de uma filha de Yasan (Oya Bale) daquela casa, òsun manifestou-se para disputar Sàngó, empurrando-a e dançando, provocante, diante do deus do trovão.
Dizem que há dezesseis òsun; obtive dados sobre as seguintes:
O número de òsun sendo dezesseis, o colar terá dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou quatro) que podem ser de divindades com as quais ela tem afinidade, ou com as quais sua filha estiver relacionada: Òsòsi, Sàngó, Yémánjá, por exemplo. Òsun dança os ritmos ijesa, com passos miúdos, segurando graciosamente a saia.
O toque Ijèsà é ritmado como o balanço das águas tranqüilas, e muito apreciado pelos fiéis. Quando estão Presentes Òsòsi e Logun Edé acompanham òsun. ògún também dança com òsun os ritmos Ijèsà, assim como òsányín. No terreiro jeje do Bogun, òsun (ÍYÁLODE) dança o bravum como Naná. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias, anéis e pulseiras. No dia do deká de uma filha de Yasan (Oya Bale) daquela casa, òsun manifestou-se para disputar Sàngó, empurrando-a e dançando, provocante, diante do deus do trovão.
Dizem que há dezesseis òsun; obtive dados sobre as seguintes:
- ÒSUN ABALÔ é uma
velha Òsun, de culto antigo, considerada Iyá Ominibú, tem ligação com Oyá, Ogun
e Oxóssi, veste-se de cores claras, usa abebé e alfange.
- ÒSUN IJÍMU ou Ijimú, é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e alfange, tem ligação com as Iyamís, é responsável por todos os Otás dos rios.
- ÒSUN ABOTÔ também uma velha oxum de culto antigo, ligada as Iyamís, feiticeira, carrega abebe e alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.
- ÒSUN IJÍMU ou Ijimú, é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e alfange, tem ligação com as Iyamís, é responsável por todos os Otás dos rios.
- ÒSUN ABOTÔ também uma velha oxum de culto antigo, ligada as Iyamís, feiticeira, carrega abebe e alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.
- ÒSUN OPARÁ ou Apará seria a mais jovem das Òsun, e um tipo guerreira que
acompanha Ògún, vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se
manifestam, juntos numa festa; leva uma espada na mão e pode vestir-se de cor
de marrom avermelhado, a Senhora da Espada.
- ÒSUN AJAGURA ou Ajajira, outra òsun guerreira que leva espada, jovem, tem ligação com Yemanjá e Xangô
- YEYE OKE Oxun jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega ofa e erukere
- YE
- YEYE IPETU é uma Oxun de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn.
- YEYE AYAALÁ- é talvez a mais ancestral dentre todas, veste-se de branco, ligada a Orunmilá e as iyamis, considerada a avó.
- ÒSUN AJAGURA ou Ajajira, outra òsun guerreira que leva espada, jovem, tem ligação com Yemanjá e Xangô
- YEYE OKE Oxun jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega ofa e erukere
- YE
- YEYE IPETU é uma Oxun de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn.
- YEYE AYAALÁ- é talvez a mais ancestral dentre todas, veste-se de branco, ligada a Orunmilá e as iyamis, considerada a avó.
-YEYE OTIN- Osun com estreita ligação com
Ínlè, ligada a caça e usa ofá e abebé.
-YEYE IBERÍ ou merimerin- Oxun nova, concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma oxun, dizem que era Oxun de mãe menininha do Gantois.
-YEYE MOUWÒ- oxun ligada a Olokun e Yemanjá, grande poder das iyamís, veste-se de cores claras e usa abebé e ofange.
-YEYE POPOLOKUN- oxun de culto raro, ligado aos lagos e lagoas,
-YEYE OLÓKÒ- Oxun guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do pôço.
-YEYE IBERÍ ou merimerin- Oxun nova, concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma oxun, dizem que era Oxun de mãe menininha do Gantois.
-YEYE MOUWÒ- oxun ligada a Olokun e Yemanjá, grande poder das iyamís, veste-se de cores claras e usa abebé e ofange.
-YEYE POPOLOKUN- oxun de culto raro, ligado aos lagos e lagoas,
-YEYE OLÓKÒ- Oxun guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do pôço.
Fonte: http://ocandomble.wordpress.com/os-orixas/oxum
Um dia Orunmilá saiu de seu palácio para dar um passeio
acompanhado de todo seu séquito. Em certo ponto deparou com outro cortejo, do qual a figura
principal era uma mulher muito bonita. Orunmilá ficou impressionado com tanta
beleza e mandou Exu, seu mensageiro, averiguar quem era ela. Exu apresentou-se
ante a mulher com todas as reverências e falou que seu senhor, Orunmilá,
gostaria de saber seu nome. Ela disse que era Iemanjá, rainha das águas e
esposa de Oxalá. Exu voltou à presença de Orunmilá e relatou tudo o que soubera
da identidade da mulher. Orunmilá, então, mandou convidá-la ao seu palácio,
dizendo que desejava conhecê-la. Iemanjá não atendeu o seu convite de imediato,
mas um dia foi visitar Orunmilá. Ninguém sabe ao certo o que se passou no
palácio, mas o fato é que Iemanjá ficou grávida depois da visita a Orunmilá.
Iemanjá deu a luz a uma linda menina. Como Iemanjá já tivera muitos filhos com
seu marido, Orunmilá enviou Exu para comprovar se a criança era mesmo filha
dele. Ele devia procurar sinais no corpo. Se a menina apresentasse alguma
marca, mancha ou caroço na cabeça seria filha de Orunmilá e deveria ser levada
para viver com ele. Assim foi atestado, pelas marcas de nascença, que a criança
mais nova de Iemanjá era de Orunmilá. Foi criada pelo pai, que satisfazia todos
os seus caprichos. Por isso cresceu cheia de vontades e vaidades, o nome dessa
filha é Oxum
Vivia Oxum no palácio em Ijimu, passava os dias no seu quarto
olhando seus espelhos, eram conchas polidas onde
apreciava sua imagem bela. Um dia saiu Oxum do quarto e deixou a porta aberta,
sua irmã Oyá entrou no aposento, extasiou-se com aquele mundo de espelhos,
viu-se neles. As conchas fizeram espantosa revelação a Oyá, ela era linda! A
mais bela! A mais bonita de todas as mulheres! Oyá descobriu sua beleza nos
espelhos de Oxum, Oyá se encantou, mas também se assustou: era ela mais bonita
que Oxum, a Bela. Tão feliz ficou que contou do seu achado a todo mundo, e Oxum
Apará remoeu amarga inveja, já não era a mais bonita das mulheres, vingou-se.
Um dia foi à casa de Egungun e lhe roubou o espelho, o espelho que só mostra a
morte, a imagem horrível de tudo o que é feio, pôs o espelho do Espectro no
quarto de Oyá e esperou, Oyá entrou no quarto, deu-se conta do objecto, Oxum
trancou Oyá pelo lado de fora, Oyá olhou no espelho e se desesperou. Tentou
fugir, impossível, estava presa com sua terrível imagem, correu pelo quarto em
desespero, atirou-se no chão, bateu a cabeça nas paredes, não logrou escapar
nem do quarto nem da visão tenebrosa da feiura. Oyá enlouqueceu, Oyá deixou
este mundo. Obatalá, que a tudo assistia, repreendeu Apará e transformou Oyá em
orixá. Decidiu que a imagem de Oyá nunca seria esquecida por Oxum. Obatalá
condenou Apará a se vestir para sempre com as cores usadas por Oyá, levando nas
jóias e nas armas de guerreira o mesmo metal empregado pela irmã.
Notas bibliográficas Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi – 2001
Filha de Orunmilá e Yemanjá, conta-se
ainda que ela foi a primeira Yaba, ou seja, a primeira zeladora de santo,
raspando a cabeça da galinha de angola e que colocou o primeiro adocho (coroa), dando assim aos seus descendentes a forma atual.
Por isso em todos os fundamentos dos Eleguns, o adocho faz parte do ritual.
Oxum foi a segunda mulher de Xangô. A
primeira chamava-se Oiá-Iansã e a terceira Obá. Oxum tem o humor caprichoso e
mutável. Alguns dias, suas águas correm aprazíveis e calmas, elas deslizam com
graça, frescas e límpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetação.
Numerosos vãos permitem atravessar de um lado a outro. Outras vezes suas águas,
tumultuadas, passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos,
transbordando e inundando campos e florestas. Ninguém poderia atravessar de uma
margem à outra, pois ponte nenhuma as ligava. Oxum não toleraria uma tal
ousadia! Quando ela está em fúria, ela leva para longe e destrói as canoas que
tentam atravessar o rio.
Olowu, o rei de Owu, seguido de seu exército, ia para a guerra. Por infelicidade, tinha que atravessar o rio num dia em que este estava encolerizado. Olowu fez a Oxum uma promessa solene, entretanto, mal formulada. Ele declarou: “Se voce baixar o nível de suas águas, para que eu possa atravessar e seguir para a guerra, e se eu voltar vencedor, prometo a você nkan rere”, isto é, boas coias. Oxum compreendeu que ele falava de sua mulher, Nkan, filha do rei de Ibadan.
Olowu, o rei de Owu, seguido de seu exército, ia para a guerra. Por infelicidade, tinha que atravessar o rio num dia em que este estava encolerizado. Olowu fez a Oxum uma promessa solene, entretanto, mal formulada. Ele declarou: “Se voce baixar o nível de suas águas, para que eu possa atravessar e seguir para a guerra, e se eu voltar vencedor, prometo a você nkan rere”, isto é, boas coias. Oxum compreendeu que ele falava de sua mulher, Nkan, filha do rei de Ibadan.
Ela Baixou o nível das águas e Olowu continuou sua expedição. Quando ele
voltou, algum tempo depois, vitorioso e com um espólio considerável, novamente
encontrou Oxum com o humor perturbado. O rio estava turbulento e com suas águas
agitadas. Olowu mandou jogar sobre as vagas toda sorte de boas coisas, as nkan
rere prometidas: tecidos, búzios, bois, galinhas e escravos. Mel de abelhas e
pratos de mulukun, iguaria onde suavemente misturam-se cebolas, feijão
fradinho, sal e camarões. Mas Oxum devolveu todas estas coisas boas sobre as
margens. Era Nkan, a mulher de Olowu, que ela exigia. Olowu foi obrigado a
submeter-se e jogar nas águas a sua mulher. Nkan estava grávida e a criança
nasceu no fundo do rio.
Oxum, escrupulosamente, devolveu o recém-nascido dizendo: “É Nkan que me foi solenemente prometida e não a criança. Tome-a!”. As águas baixaram e Olowu voltou tristemente para sua terra. O rei de Ibadan, sabendo do fim trágico de sua filha, indignado declarou: “Não foi para que ela servisse de oferenda a um rio que eu a dei em casamento a Olowu!” Ele guerreou com o genro e o expulsou do país.
Oxum, escrupulosamente, devolveu o recém-nascido dizendo: “É Nkan que me foi solenemente prometida e não a criança. Tome-a!”. As águas baixaram e Olowu voltou tristemente para sua terra. O rei de Ibadan, sabendo do fim trágico de sua filha, indignado declarou: “Não foi para que ela servisse de oferenda a um rio que eu a dei em casamento a Olowu!” Ele guerreou com o genro e o expulsou do país.
OXUN (Do livro "Lendas Africanas dos Orixás de
Pierre Fatumbi Verger e Cary
O Rio Oxum passa em um lugar onde suas águas são
sempre abundantes. Por
esta razão é que Larô, o primeiro rei deste lugar, aí instalou-se e fez um
pacto de aliança com Oxum. Na época em que chegou, uma de suas filhas fôra se
banhar. O rio a engoliu sob as águas. Ela só saiu no dia seguinte, soberbamente
vestida, e declarou que Oxum a havia bem acolhido no fundo do rio. Larô, para
mostrar sua gratidão, veio trazer-lhe oferendas.
Numerosos peixes, mensageiros da divindade, vieram comer, em sinal de aceitação, os alimentos jogados nas águas. Um grande peixe chegou nadando nas proximidades do lugar onde estava Larô. O peixe cuspiu água, que Larô recolheu numa cabaça e bebeu, fazendo, assim, um pacto com o rio. Em seguida ele estendeu suas mãos sobre a água e o grande peixe saltou sobre ela. Isto é dito em iorubá: Atewo gba ejá. O que deu origem a Ataojá, título dos reis do lugar. Ataojá declarou então: “Oxum gbô!” “Oxum esta em estado de maturidade, suas águas são abundantes.” Dando origem ao nome da cidade de Oxogbô. Todos os anos faz-se, aí, grandes festas em comemoração a todos estes acontecimentos.
Numerosos peixes, mensageiros da divindade, vieram comer, em sinal de aceitação, os alimentos jogados nas águas. Um grande peixe chegou nadando nas proximidades do lugar onde estava Larô. O peixe cuspiu água, que Larô recolheu numa cabaça e bebeu, fazendo, assim, um pacto com o rio. Em seguida ele estendeu suas mãos sobre a água e o grande peixe saltou sobre ela. Isto é dito em iorubá: Atewo gba ejá. O que deu origem a Ataojá, título dos reis do lugar. Ataojá declarou então: “Oxum gbô!” “Oxum esta em estado de maturidade, suas águas são abundantes.” Dando origem ao nome da cidade de Oxogbô. Todos os anos faz-se, aí, grandes festas em comemoração a todos estes acontecimentos.
OXUN (Do livro "Lendas Africanas dos Orixás de
Pierre Fatumbi Verger e Carybé)
Diz a lenda que quando os Orixás
chegaram à terra, organizaram reuniões
onde mulheres não eram admitidas. Osun ficou aborrecida por ter sido posta de
lado, por não poder participar de todas as decisões. Para se vingar, tornou as
mulheres estéries e impediu que as atividades desenvolvidas pelos deuses
chegassem a resultados favoráveis.
Desesperados, os Orixás dirigiram-se a Olodumaré e explicaram-lhe que as coisas íam mal sobre a terra, apesar das decisões que tomavam em suas assembléias. Olodumaré explicou-lhes então que, sem a presença de Osun e seu poder sobre a fecundidade, nenhum de seus empreendimentos poderia dar certo. De volta à terra, os Orixás convidaram Osun para participar de seus trabalhos, o que ela acabou aceitando, depois de muito lhe rogarem. Em seguida, as mulheres tornaram-se fecundas e todos os projetos obtiveram felizes resultados.
Desesperados, os Orixás dirigiram-se a Olodumaré e explicaram-lhe que as coisas íam mal sobre a terra, apesar das decisões que tomavam em suas assembléias. Olodumaré explicou-lhes então que, sem a presença de Osun e seu poder sobre a fecundidade, nenhum de seus empreendimentos poderia dar certo. De volta à terra, os Orixás convidaram Osun para participar de seus trabalhos, o que ela acabou aceitando, depois de muito lhe rogarem. Em seguida, as mulheres tornaram-se fecundas e todos os projetos obtiveram felizes resultados.
Conta-nos uma lenda, que Òsùn queria
muito aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, para
tanto, foi procurar Èsù, para aprender os princípios de tal dom. Èsù, muito
matreiro, falou à Òsùn que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para
tanto, ficaria Òsùn sobre os domínios de Èsù durante sete anos, passando,
lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria. E, assim foi
feito, durante sete anos Òsùn foi aprendendo a arte da adivinhação que Èsù lhe
ensinará e consequentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres
domésticos na casa de Èsù. Findando os sete anos, Òsùn e Èsù, tinham se apegado
bastante pela convivência em comum, e Òsùn resolveu ficar em companhia desse
Òrìsà.
Em um belo dia, Sàngó que passava pelas propriedades de Èsù, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Òsùn. Foi-se a tal ponto que Sàngó, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó . Òsùn rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Èsù.
Sàngó então irado e contradito, sequestrou Òsùn e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Èsù, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Sàngó, Èsù foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Òsùn, triste e a chorar por sua prisão e permanencia na cidade do Rei. Èsù, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe sedeu uma poção de transformação para Òsùn desvencilhar-se dos dominíos de Sàngó.
Èsù, atravez da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Òsùn tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voôu e pode então retornar a casa de Esù.
Em um belo dia, Sàngó que passava pelas propriedades de Èsù, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Òsùn. Foi-se a tal ponto que Sàngó, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó . Òsùn rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Èsù.
Sàngó então irado e contradito, sequestrou Òsùn e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Èsù, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Sàngó, Èsù foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Òsùn, triste e a chorar por sua prisão e permanencia na cidade do Rei. Èsù, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe sedeu uma poção de transformação para Òsùn desvencilhar-se dos dominíos de Sàngó.
Èsù, atravez da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Òsùn tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voôu e pode então retornar a casa de Esù.
Outra versão:
Òrìsà do Amor, Mágia e da Beleza! Osun era filha de Orunmilá. Um dia casou-se com Sango, indo viver em seu palácio. Logo Sango percebeu o desinteresse de Osun pelos afazeres domésticos, pois a rainha vivia preocupada com suas jóias e caprichos. Aborrecido, Sango mandou prendê-la numa torre, sentindo-se livre novamente. Esú, vendo a situação de Osun correu e contou a seu pai Orunmilá que, fazendo deste seu mensageiro, entregou-lhe um pó mágico que deveria ser soprado sobre Osun. Esú, que se transforma no que quer, chegou ao alto da torre e soprou o pó sobre Osun que, no mesmo instante, transformou-se num lindo pombo chamado Adabá, ganhando a liberdade e voltando à casa paterna.
Òrìsà do Amor, Mágia e da Beleza! Osun era filha de Orunmilá. Um dia casou-se com Sango, indo viver em seu palácio. Logo Sango percebeu o desinteresse de Osun pelos afazeres domésticos, pois a rainha vivia preocupada com suas jóias e caprichos. Aborrecido, Sango mandou prendê-la numa torre, sentindo-se livre novamente. Esú, vendo a situação de Osun correu e contou a seu pai Orunmilá que, fazendo deste seu mensageiro, entregou-lhe um pó mágico que deveria ser soprado sobre Osun. Esú, que se transforma no que quer, chegou ao alto da torre e soprou o pó sobre Osun que, no mesmo instante, transformou-se num lindo pombo chamado Adabá, ganhando a liberdade e voltando à casa paterna.
Leia mais no post Original: Oxum - História, Lendas, Qualidades e Seus Filhos | Filhos de Axé http://www.filhosdeaxe.com/candomble/orixas-candomble/oxum#ixzz1gHS9ha
Dia da Semana: Sábado
Dia Consagrado: 8 de dezembro / 12 de outubro
Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição
Cores: Amarelo Ouro - Na Umbanda: Azul claro
Símbolo: Leque com espelho (Abebé)
Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação: Eri Yéyé ó! (popularmente: Ora ieieô)
Cores: Amarelo Ouro - Na Umbanda: Azul claro
Símbolo: Leque com espelho (Abebé)
Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação: Eri Yéyé ó! (popularmente: Ora ieieô)
Nenhum comentário:
Postar um comentário